Onirismo Subterrâneo

Segrego um anseio de ímpeto infinito

Acolho a caricia inerte do sonho

Estes versos tristes que agora componho,

Sóis semeados num único grito!

Deuses com faces feitas de granito

São ídolos que com ardor medonho

Perpetram a carne que suponho

Ser o suspiro dum símbolo proscrito.

Me arrojo no mais negro abismo

Onde sorvo um anômalo niilismo

Perscrutando e dissecando o Abstrato.

Espero que os sonhos sejam na lira

Os rios subterrâneos da mentira

Com os quais a sede de infinito mato!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 18/09/2007
Código do texto: T658337