Onirismo Subterrâneo
Segrego um anseio de ímpeto infinito
Acolho a caricia inerte do sonho
Estes versos tristes que agora componho,
Sóis semeados num único grito!
Deuses com faces feitas de granito
São ídolos que com ardor medonho
Perpetram a carne que suponho
Ser o suspiro dum símbolo proscrito.
Me arrojo no mais negro abismo
Onde sorvo um anômalo niilismo
Perscrutando e dissecando o Abstrato.
Espero que os sonhos sejam na lira
Os rios subterrâneos da mentira
Com os quais a sede de infinito mato!