Eu mesma.

O que se faz quando se tem algo dizer, mas não se sabe a quem dizer e nem o que dizer?

Acho que quando a pessoa certa aparecer saberei o que dizer e como dizer, por enquanto guardarei dentro de meus pensamentos essa vaga memória de uma história que ainda não conheço.

Talvez essa pessoa seja eu mesma, por isso só saberei o fim dessa história quando estiver apta a isso.

Não perderei as minhas noites de sono mal-dormido, pensando em como poderei achar dentro de mim o ponto final.

Quero até lá sentir o peso confortável da luz do sol sobre meus ombros, e ver a linda sombra de nossas mãos entrelaçadas. Quero sentir o cheiro limpo e inocente do respirar de uma nova criatura, e espero que esse cheiro saia de minha boca, pois só é digno quem se renova, pois esses aceitam e sanam suas feridas.

Não perderei a chance de pular na vida com vocês, mesmo sabendo que na verdadeira queda não estarão comigo. Mas não largarei da mão divina dos bons amigos.

Correrei em sua direção sem pestanejar, com a certeza de que me deixará cair, o farei não por ingenuidade, o farei por saber que sempre te terei para me levantar, e por que sei que um dia a queda será na areia e um certo alguém se jogará ao meu lado.

Velejarei num mar de incertezas exatas, onde a única certeza é que a certeza quando se trata de amor não existe.

Isso, o amor não passa de um jogo de sorte, os corações rolam na mesa e os espíritos dos dois comemoram ou choram juntos. É... um dia talvez acabe, que seja com a morte! E se não for? Se não for relaxe, por que tudo isso foi só uma virgula. Nunca desista a não ser quando for pro seu bem,quando não houver mais escolhas, afinal desistir pode ser responsável senão a mão que esmurra a ponta da faca se dilacerará.

Nessa vida cheia de pontos de interrogação e vírgulas descobriremos que sempre existirão as reticências. Pois nem a morte acabará com tudo.