Furtivamente no Riacho

Escrever é necessidade

Para escapar medos

Fugir da racionalidade

Desbravar segredos

Que nem mesma sei

Mas saltam às vistas

Quando, de tudo, me cansei

me atirei no riacho, sem deixar pistas

Fui tão longe

Ninguém me viu

Como a meditação de um monge

Que com o manto da poesia se cobriu

Abandonada. À deriva.

Fiquei. Tão boa ignorância.

Aminésia criativa

Permitindo minha reentrância

O riacho é de papel

Choro o seu tecer

Ancoro. Construo o meu ilhéu.

Eu só preciso escrever.

Alina
Enviado por Alina em 23/09/2007
Código do texto: T664845
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