Furtivamente no Riacho
Escrever é necessidade
Para escapar medos
Fugir da racionalidade
Desbravar segredos
Que nem mesma sei
Mas saltam às vistas
Quando, de tudo, me cansei
me atirei no riacho, sem deixar pistas
Fui tão longe
Ninguém me viu
Como a meditação de um monge
Que com o manto da poesia se cobriu
Abandonada. À deriva.
Fiquei. Tão boa ignorância.
Aminésia criativa
Permitindo minha reentrância
O riacho é de papel
Choro o seu tecer
Ancoro. Construo o meu ilhéu.
Eu só preciso escrever.