O caso do pé de sonhos
Ciclicamente adubada
Por palavras que não estavam no roteiro
Meus sonhos, em uma cilada
Mas, de vez em quando, renascem de sorrateiro
Nem na primavera, nem regados
Nascem na noite escura
(como o pé de feijão dos contos historiados)
Nascem pétalas brancas. Alvura.
Raízes e galhos dourados
De uma planta prematura.
Sonhos loucos, saindo pela janela
Quebrando as bases de concreto.
É como um ciclo. A planta entra na cela
e se liberta pelo meu dialeto.