Multiploverso

O universo

verso espacial

tal qual não se sabe

o tanto que cabe em si

Todo ele é multi

é plural

O universo

controverso sistema

teorema da criação

Invenção celestial

O universo

possesso rebelde em fúria

Lemúria das estrelas

Tela das telas,

que ao descrevê-la

é insólita aventura que se expande

O universo

submerso em si mesmo

é o termo maior do que é grande

Saguão sem paredes

de não comprovada construção

tem por todos os lados

satélites pendurados

gases saturados

em demasia

é todo ele, noturno

mesmo abrigando a constelação

O universo

processo em calmaria

Via-láctea, trilha negra

para onde se vai

da onde se chega

é a pura contradição

Poço vazio

de brio escaldante

horizonte adiante de tudo

absurdo imenso ao nada

O universo

reverso da estrada habitual

Lar de galaxias não batizadas

Origem das histórias não contadas

é conto de fadas

é analogia geral

O universo

disperso sentido da amplidão

Dimensão sem extremo

Ermo eremita em solidão

Macrocosmo que somos

sou eu quando penso

é você quando age

Somos o gomo da bola

a vida, a sola que reage

Há universo

no perverso e na bondade

que habitamos

Estamos num corpo físico

abrigando uma parte astral

O universo

verso ainda não lido ao todo

do poema maior do jogo

chamado o fogo eterno

do caderno original

O universo

que converso e habito

é infinito abissal

É precipício

do início ao fim

e é ainda em mim

o caos primordial

06-06-2019

10h40min

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 06/06/2019
Reeditado em 06/06/2019
Código do texto: T6666329
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