A MOLDURA

Mergulhado no prelúdio;

E começo a ler um livro;

No preambulo quimera;

Um eu que começa a pintar;

Páginas por páginas em cores;

Lendo o sonhar da libélula;

Voando com os pássaros no ar;

E, dentro do ar, fresco! Cinzento!

Estou além para olhar;

Letras na beira do riacho;

Caem com a brisa que chega;

Ligeira como os pingos da chuva;

Águas tranquilas me faz repousar;

Vento me envolve em sincronia;

E as cores mudam de lugar;

E como um passe de mágica;

Sem legenda para ler;

O livro cai sobre a grama;

Rola, das minhas mãos de leve oscila;

Minhas pálpebras cerradas;

Miram o interior escuro;

Associado as imagens despercebidas;

Miro o exemplo do quado pintado;

Onde estou numa árvore;

Engastado, rente ao tronco;

Do ipê florido e junto adormecido;

Durmo tranquilo;

E acordo no balanço dos galhos;

Que roçam em mim;

Páginas que não li.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 12/08/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6718093
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