Ode febril
Infinitamente belos são os campos siderais
Onde desabrocham seus deuses de urânio!
Eternamente límpidos são os seus sete céus de mercúrio
de seus universos exponenciais!
Seus montes de terra inóspita, intergaláctica, estelar
Poeira mais cósmica do sistema solar!
O melhor dos universos possíveis em todas as membranas
no raio de 13 anos luz!
Seus aquáticos flavores não têm ésteres!
Suas virgens imortais, todas estéreis!
As paredes são de vento e nitrogênio líquido
As artérias amarelas bombeiam bailes e canções de alegria
É em suas ruas de metano que eu vou brincar
Depois que a febre passar
Voando, na cauda dos elétrons sem asas!