Guerreiro Estelar

Esta noite tive dois sonhos.

Sonhos que não querem acabar.

Num deles conheci um gigante.

No outro, sereia do mar.

Num deles eu era pequeno.

No outro, de tal tamanho!

Difícil de acreditar.

Primeiro sonho: a Deusa

Mãe deusa, sereia do amor.

Vejo seu amor transbordar.

Embalaste a envergonhada sombra.

Me fazendo acreditar.

Acreditar no amor perdido.

Acreditar no amor negado

Em seu colo reconheço;

sempre estive perdoado.

Amor por todos os seres

em todas as dimensões,

amor que harmoniza

todos os corações.

Amor que tudo permeia

que preenche todos os espaços.

As formas dançam no amor

e descansam nos seus braços.

Pensei conhecer o amor

até conhecer o seu.

Curaste a cegueira de um tolo

que fantasiava ser rei.

Segundo sonho: O Gigante

Havia tanta ordem

e ao mesmo tempo tanta magia.

Um gigante com olhos justos

me encarava e me reconhecia.

Sua solida lucidez

Eram tal qual uma espada precisa,

cortando-me a indulgência

e vestindo-me da própria justiça.

Uma sombra me dizia

não ser eu merecedor,

mas num olhar do gigante e a sombra se dissipou.

Tu não es desse mundo, eu disse

- Somos do mesmo lugar!

Quem sou eu afinal., perguntei.

- Desperta. Guerreiro estelar.

E como dum sono profundo

fui subidamente arrancado,

unindo-me ao próprio gigante,

perfeitamente alinhado

Agora tudo era centro.

Alma e ego em sintonia.

Eu-ego me curvava.

Eu-alma assumia.

Armado de dignidade

alinhei meu centro, meus chacras;

Invoquei toda a lucidez,

toda a ordem toda a coragem

foi então que a deusa mãe

flutuou em minha visada

e disse-me que a ordem era boa,

mas era o amor que suavizava

que os dois caminhariam juntos

nessa minha nova jornada.

E assim me foi revelado

uma verdade a muito esquecida

Encarnado nesse mundo,

minha origem é divina.

Os princípios que regem minha alma

aqui não se subordina.

Em minhas mãos, armas mágicas

que a qualquer hora posso invocar

Guerreiro e a deusa mãe

me lembram cidadão estelar