ECOS DE ALBERTO CAEIRO

Verdades que custam a se revelar

Consumindo a existência de seus buscadores

Numa ansiedade quase mortal que aflora a pele

Recaia impávida e incisiva

Desmistificando lendas

Tome de súbito essa realidade

Fulgurante e infalível

Iluminando os corações

E dissipando as sombras

Feitas pelas incertezas que pairam sobre nossas consciências

Erga-se colossal

Fazendo de todos, protagonistas de uma epopéia grandiosa

Deixe que as mentiras queimem em seu fogo celestial

Que tudo purifica

E que as cinzas sirvam de adubo

Para fertilizar as mais longínquas distancias desse mundo

Emergi do centro de tudo que for corrompido

E que nada seja preservado, que não aquilo que seja natural

Pois tudo que é natural

Possui em si a verdade almejada

Tão nítida e ao mesmo tempo tão imperceptível

Para encontrar a verdade é preciso não buscá-la

Pois ela só pode ser encontrada

Quando a consciência da busca não mais existe

RH[ouvindo ecos de Alberto Caeiro].27.08.06.15:40

Ricardo Henrique
Enviado por Ricardo Henrique em 06/10/2007
Código do texto: T682606