Da expansão da consciência

Amo-te!

Não sei desde quando ou como

Talvez ante o som de um blues

De uma Sonata de Schubert, ou

Ante o Templo - de Chico César

Será que seria... tão só por ouvir

O que tua voz singular me dizia?

Não me mentias, a ti te enganaste,

(Sou filha de Eva; agudeza herdada)

Só não sei por que amo-te tanto

Se por sentir-te tão próximo, ou,

Por um tão longe ficares de mim

E ainda sorver, em cada instante...

... se e quando estou contigo.

(...)

Confrontei esse amor, contudo

E nada do que sinto me acossa

Da tua digna fidelidade no jogo:

(Um crupiê, com cartas na manga)

Sei que errei, pois blefei alto e,

No golpe de mestre: "I've lost"!

Errei a mão nas apostas; e fui,

Bem além do que me acederia

Virei nuvem, num céu de sabores

Condensei-me em vapores, mas,

Dessas gotas lacrimais lançadas

Reverteram-se moléculas; puro tino...

...alcançando o cosmo do meu eu.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 30/04/2020
Código do texto: T6933027
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