O Preto
Céu estrelado, busca do meu conhecer. Metáforas na sobreposição de
[suas sombras.
Cada traço, cada gesto caladinho... Segredos áureos do silêncio...
Gigante gentil e amigo, cortês. E o peso do seu amor e glória
Condensado na frieza do vórtex. E na doçura de um worm-hole.
São mistérios... Virgens nuas dançando como fumaça
Redescobrindo o Éden
nos seus magníficos gramados planos e invisíveis.
Ritmo de violinos melancólicos, de viagens sem retorno.
Viajar, viajar...
Pelas terras do torpor e solidão
de navios sem fim.
Não temo, não temo não.
Anseio muito beber goladas de suas virgens, de suas matas, de seus
[mistérios...
Dos mares e da obscura paixão.
Preciso de você, das madrugadas escuras, dos cemitérios...
A fome negra de viver
Céu estrelado, busca do meu conhecer...