Silêncio que devasta 
Lágrimas que não desanguam 
Ele fugiu para a montanha 
Mas, não encontrou abrigo lá
 
Trilhou rumo a cachoeira
Na esperança de que suas águas pudessem lavar
Sua mente mente caótica purificar

Caiu 
O baque foi forte 
Deixando como marca
alguns nódulos

Caos 
Puro caos
Aprisionado 
O mar represado

Por dentro encontra se em pedaços
Por tantas vezes se doou por inteiro 
E em troca teve seu coração em estilhaços

O sangue escorre e inunda o chão
E sobre esse mesmo chão ele encontra a luz em meio a escuridão
Se agarra a uma voz doce que vem das profundezas lhe chamar 

Sua alma o convida a dançar 
Convite esse difícil de recusar
Entrega-se a ela e juntos dançam em meio ao caos da escuridão

Intuitivamente 
Seu corpo expressa artisticamente 
O fogo ardente que precisa circular 
Poético
Passos de deixar boquiaberto qualquer cético

Ele sente a dor quando deve ser sentida 
Mas, só a dança consegue libertar um pouco de sua alma reprimida 

Dança 
A expressão silenciosa de um colibri que vem tentando encontrar o seu velho e lindo canto
Desfazendo as represas do rio 
Agora o vazio ...
 

Nota poética : - "O Amor Próprio começa no ato genuíno e audacioso de se esvaziar de todas as imposições do mundo, a cerca de quem é você, como deve ser e se comportar. 
Desse ato heróico, no vazio nasce o seu verdadeiro Eu." 

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Víctor Sigmaringa
Enviado por Víctor Sigmaringa em 12/02/2021
Reeditado em 12/02/2021
Código do texto: T7182443
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