ALTAR

No altar do teu olhar,

há uma luz de outro lugar,

como um vitral,

a íris é só mediadora

do Poeta Divino que

resplandece na aparente

fração do Todo,

pois o corpo do Poeta

é indivisível como o ar.

A concatenação da música,

o silêncio é o liame e o

recipiente, límpido e sutil,

como a alma e a aurora,

no rito de encontrar o que se é.

O ser, o nada, Deus.

O paradoxo unificado pelo mistério.

A luz transparente requisito de todas

belezas.

A poesia que nunca findará.

O coração sereno que só se

permite amar.

Rafael Gustavo Vieira
Enviado por Rafael Gustavo Vieira em 01/06/2021
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