ALTAR
No altar do teu olhar,
há uma luz de outro lugar,
como um vitral,
a íris é só mediadora
do Poeta Divino que
resplandece na aparente
fração do Todo,
pois o corpo do Poeta
é indivisível como o ar.
A concatenação da música,
o silêncio é o liame e o
recipiente, límpido e sutil,
como a alma e a aurora,
no rito de encontrar o que se é.
O ser, o nada, Deus.
O paradoxo unificado pelo mistério.
A luz transparente requisito de todas
belezas.
A poesia que nunca findará.
O coração sereno que só se
permite amar.