Trapo

Eu hoje estou um trapo

Igual mortalha em farrapos

Tecido de algodão

Misturado ao corpo podre

Um morte que geme sua dor.

O cheiro da flores margaridas

Misturasse ao de putrefação

Coração deteriorando

A saudade que habita

Este ar vazio do caixão.

Dei o último adeus em vida

As pessoas estando vivas

Na existência que inerte estava

O frio da noite e o silêncio

Continua iguais da madeira que cobre-me.

Jazigo ou chão batido

Não pergunto onde me encontro

Morri em vida sentindo

A linha fina curta ceifada

Nós últimos suspiros da morte física.

Thiago Sotthero

Thiago Sotthero
Enviado por Thiago Sotthero em 02/07/2021
Código do texto: T7291506
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