Por conta do vento

Eu e minha alma,

de esporádicos encontros

embarcamos numa aventura

de saltos e alturas,

de leveza, de movimento...

deslizando ao melodioso

ritmo do vento.

Que estimula, que impulsiona,

que ascende.

E lá em cima, nos transformamos...

nos misturamos às aladas-criaturas,

de cores levíssimas às alvas brancuras...

vidros translúcidos e transparentes.

Transferidos...

entregamo-nos, assumimos

somos só o que sentimos:

esculturas inconsequentes.

Permitimos que nos fixe

numa antiqueda toda azul

emoldurada de infinito.

Entre nuvens recortadas

de formas brancas,

de águas, de luzes,

de arcos e de íris,

e às vezes, de sonhos

imortais e felizes!

Luzineti Espinha
Enviado por Luzineti Espinha em 15/07/2021
Reeditado em 20/07/2021
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