Um Breve Manifesto Por Uma Estética Moderna Perdida em Mim Mesmo

Um paraíso-escombro de peças romanos-gregas

Esculturas irrompidas de musgo e poeira

Uniformidade as formas de renome

É o inverno de toda a gente que vens de dentro

Meu coração é um abrigo híbrido de metrópoles corrompidas

Sangrando sempre uma luz danificada, o perfume natural

Das peles que se esfregam a distância do olhar

Ninguém explica a eletricidade do desejo bruto

Aos amantes da Gaia sudamericana:

Liceus a céu aberto rendidos ao slam

Cantando a filosofia da imaterialidade

Nos corpos semi desertos de uma nudez ampla

O dom da amargura filtrada por línguas únicas

Ninfas de plástico e zinco, me amarram lágrimas de gesso

Pondo-me na inerência dos meus próprios dilemas

Olhar para si e reconhecer-se enfim sem medo

Revigorante Saturno me colidindo com outras crenças

Seu ciclo, parcelado por doze vezes sem ópio ou opção

Sem promessas nas águas de março, meu bem desenfreado

Eu encontrei pelo caminho os meus restos que deixei por aí

Degustador de mentiras, eu aposto

Aonde os punhos semi cerrados dão lugar aos lábios cerrados

Cerrando a fome em outros lábios, se afogando na promessa do deleite

Ó filho preterido do carnaval, eu sei que tu abrigas todas as indulgências

Planejar o clima mental-tropical:

Acesso aos excessos de toda a conjugação

Ideias irreais fluem nos lábios em que bebo

Nos cadáveres que exumo versos desesperados

Exacerbar um teatro telenovela interplanetário

Espremendo a vida remediada do fundo dos nossos olhos

Há hora estratégica para os sentidos, elegância e destempero

Fluir fogo e outras alquímicas feras, descendo de tronos e entregando-se a euforia...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 21/04/2022
Código do texto: T7499964
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