VENTO
Amar como o vento
Doar a si como ele espalha o ar
Transitar longe e na misteriosa origem reacessar
Tanger o chão e o invisível, o concreto e o incognoscível
Ser um fluxo de ser
Sem imagem ou a imagem que só alguns veem
Reverenciar a aurora, o orvalho e a luz
No olhar percebendo a unidade perfeita
da poeira e do cosmo
Da grande alma, oceano de ar
Da vida sem ausência
Quando dissipar suavemente a fumaça da ilusão,
puramente haverá.
Rafael Gustavo Vieira