MONTANHA
A montanha alta e solene
observa o chão e a nós, criaturas.
Seu silêncio de invisível molda o sentir para a Graça pura.
Ela é poesia de átomos,
quieta na imagem, mas pulsante como o poeta.
Estética indissociável do céu,
embebe o horizonte numa sublime assimetria, como as variações do pulso que desenham no espelho a alma do inimaginável.
Montanha, nunca és igual nem
diferente.
Como Deus, és um paradoxo...
Retina que vê e se vê que tudo é presente...