MONTANHA

A montanha alta e solene

observa o chão e a nós, criaturas.

Seu silêncio de invisível molda o sentir para a Graça pura.

Ela é poesia de átomos,

quieta na imagem, mas pulsante como o poeta.

Estética indissociável do céu,

embebe o horizonte numa sublime assimetria, como as variações do pulso que desenham no espelho a alma do inimaginável.

Montanha, nunca és igual nem

diferente.

Como Deus, és um paradoxo...

Retina que vê e se vê que tudo é presente...

Rafael Gustavo Vieira
Enviado por Rafael Gustavo Vieira em 23/12/2022
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