CLÍMAX DA VIDA

Sinto-me como uma águia de asas cortadas

Um beija-flor em brumas

Um mar sem farol

Uma lua minguando

Uma formiga em desalinho

Um sol em eclipse

Um golfinho sem furor

Uma orquestra desafinada

Quando procuro o maná do universo, o clímax da vida.

Sinto-me num labirinto torvelinho

Numa ilha de areia movediça

Numa cadeira de espinhos...

Observo por frestas de uma câmara escura

Vejos cores derretidas

Tento achar grãos dispersos...

Meus olhos parecem meras lentes embaçadas.

Percebo então que nada acharei com os olhos

Mas com os pés.

Cláudio Theron
Enviado por Cláudio Theron em 10/12/2007
Reeditado em 10/12/2007
Código do texto: T772063
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