[desesperada]mente

De repente o dia termina

e a noite vem...

eu volto para casa...

sem a menor pressa.

Eu olho para o céu...

por um buraco entre as nuvens,

surge uma estrela

tão solitária quanto eu.

Continuo o meu caminho...

com as mãos no bolso,

vou assoviando uma velha canção

que fala de dias melhores.

Um arrepio me congela os ossos...

mas não sopra vento algum.

Não é medo, pressentimento...

é algo ainda mais profundo.

É um sentimento sem nome...

que consome a minha alma.

É um mistério, um fenômeno

além de qualquer explicação.

Meus passos ecoam pela rua...

se confundem e se perdem.

Tentam seguir desesperadamente

para alguma outra direção.

Tanto mundo... tanta gente...

e mesmo assim, estou deserto.

Ao meu redor tudo parece estar parado...

eu me movo como um fantasma num Sonho desperto.

Eu sigo em frente...

tão frio, quanto a noite nua...

tão sozinho quanto a escuridão...

tão cheio do vazio em meu coração.

Denis, O Dreamaker.

19/09/2011-15:45.

N.D.A.: Não consegui achar um título para este texto que me satisfizesse. Eu ia chamar de “Vazios”, depois de “Passos pela rua” ou “Noite nua”. Mas nenhum destes títulos me soava legal. Aí, peguei uma palavra do texto, usei os colchetes que tanto gosto para dar duplos sentidos e significados às palavras e daí, surgiu o [desesperada]mente.

Confiram outros textos inéditos de minha autoria no meu Blog Terra dos Sonhos (http://sonhosdesperto.blogspot.com):

Depois do ato consumado... (Poesia)

Somos livres? (Poesia)

The Last Remaining Light (A Última Luz Restante) (Mensagem)

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Dia 19 de Abril – Dia do Índio

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