ANTE ao ANTE, indo AVANTE

Nunca mais o frio tocou meus ossos.

Nunca mais o céu gelou o que não é nosso.

O ar de um Sol distante, o vento de brisas mutantes.

E um banco gelado, fixo e meditante.

Por onde anda o velho errante?

Com o que sonha o novo amante?

E o pesar das costas, que dor marcante.

E a esperança da aurora me tornará confiante?

Seguindo como um tolo delirante...

adiante,

adiante,

avante,

avance.

Se proste ao semideus elefante.

Como podes desprezar o diamante e correr ao norte ofegante?

O temor cruzará seu caminho, mas estará vigilante.

O desprezo te tornará nauseante, mas será relutante.

Ante tudo o que virá, ame tudo o que encontrar,

entregue tudo o que há...

Jogue agora a irrelevância pelo ar e em uma próxima vida melhor poderá estar.

Por enquanto hesitante, continuamente oscilante,

debilmente excitante, sabiamente ignorante e algum dia flutuante,

não mais empolgante nem inconstante.

Seremos semelhantes e ao Uno unificante.

iaGovinda
Enviado por iaGovinda em 25/03/2023
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