ANTE ao ANTE, indo AVANTE
Nunca mais o frio tocou meus ossos.
Nunca mais o céu gelou o que não é nosso.
O ar de um Sol distante, o vento de brisas mutantes.
E um banco gelado, fixo e meditante.
Por onde anda o velho errante?
Com o que sonha o novo amante?
E o pesar das costas, que dor marcante.
E a esperança da aurora me tornará confiante?
Seguindo como um tolo delirante...
adiante,
adiante,
avante,
avance.
Se proste ao semideus elefante.
Como podes desprezar o diamante e correr ao norte ofegante?
O temor cruzará seu caminho, mas estará vigilante.
O desprezo te tornará nauseante, mas será relutante.
Ante tudo o que virá, ame tudo o que encontrar,
entregue tudo o que há...
Jogue agora a irrelevância pelo ar e em uma próxima vida melhor poderá estar.
Por enquanto hesitante, continuamente oscilante,
debilmente excitante, sabiamente ignorante e algum dia flutuante,
não mais empolgante nem inconstante.
Seremos semelhantes e ao Uno unificante.