As Pedras Clamam

Ó pedra, pedra... Ó grandiosa penha!

Pedra em que do meu caminho faz

Fronteira que no céu desdenha,

Misteriosa, mítica, símbolo da paz!

Tanta grandiosidade, nessa solidão!

Primitiva herança da soberba imensidade

Altares, monolíticos e do tempo são,

Testemunha eterna da Divina Santidade!

Obeliscos nessa terra deslumbrante!

Solenes esculturas, cinzeladas,

Nos desejos, do mistério sacrossanto.

Ó gigante adormecida, colossal gigante!

Misteriosas visões atravessam desoladas

A vida se acabando, dolorida e em pranto.

Minha homenagem à Quixadá, Ceará, a cidade dos monolitos.