Rio

Rio

Delasnieve Daspet

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Observo o rio

Que minha mente encanta.

Como palavras, seus redemoinhos,

Dançam à minha frente.

Corre pelas matas.

Não se apequena nas curvas,

A noite ou de dia, indiferente,

Em atalhos ou quedas,

Agiganta-se e engole a terra.

Morre nas pedras ou se entrega ao mar.

Um rio que se mata. Mata, para sempre,

Como um cumplice que se cala e consente.

E, dilui-se nas salgadas lágrimas.

20.01.22