DOCE OLHAR
Doce Olhar, que vê o todo e o nada.
Traduza o invisível para mim. Recite a poesia desse gesto que será infinito.
Torne em mim a ternura um verbo, o Verbo que se fez quietude, que se fez presença pura.
Doce Olhar, que alicerça o Ser.
Faz-me sê-Lo mesmo sem querer.
Ou como um fluir sem pressa para Tua altura...
Intuindo que somos um.
Que somos um átomo imortal.
Na pequenez visceral...
Mas plena de uma luminosidade que expande quando somos.
Que não se refrata na percepção de incompreensão.
Pois o ego não encontra, nada traduz, ele só afasta, vive na aresta, é o escuro que não existe quando se acende a luz.