o rio cibernético das palavras (ou as pedras cibernéticas do rio)
nesse rio o silêncio não floreja em som,
- como apregoava Kabir -
mas arrasta pedras
e conchas e pérolas
- que são como vaga-lumes no meio da tempestade de relâmpagos
e silenciosos trovões virtuais... -
tentei segurar a maré mas uma onda me cuspiu na cara
e eu fiquei de cara ao ver a deusa Fala espumando sua ira
causando desavença e dor
entre os atiradores de pedras
rio abaixo ou rio arriba
para o fundo
toda pedra ajuda
então eu guardei minhas pedras
e fui saindo de fininho
confessando a minha culpa