As sensações involuntárias

E esse pensar involuntário

Se transformando em sensações

Minha cabeça sempre cheia

De loucas e intensas canções

Que me embrenham numa teia

Que nunca se de mim apartam

Criando mundos de ilusões?

E essa desvontade de criar

Em papéis materializar

Usando mão e lápis caneta

Como se fosse um poeta

De contínuas transformações?

Melhor era não existir

Para não ter que nada disso sentir

E descansar de barriga cheia

Sem em nada refletir

Sem a necessidade

De mostrar a sociedade

Dos estranhos leitores

Que me sentem só com suas dores...

Eu nunca falo no que penso

É sempre outra a revelação

A qual me sinto propenso

A ver o feito com desilusão

Não me dão alegria essa palavras

Escritas, estranhas à minha lavra

Que se mantem em sepulcral

Silêncio, e se as leio passo mal

Como se me fossem um aborrecimento

Como quem precisa muito dormir

Porém tem os olhos secos de cimento...

Queria mesmo que em vão momento

De tudo levasse de minha cabeça

Um tempestuoso e bem vindo vento...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 17/12/2023
Código do texto: T7956183
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