“CONSEQUÊNCIAS”.

- Ultrapassam-se os limites,

Nos caminhos dessa vida,

Nos ferindo nos espinhos,

Que trazem tantas feridas,

Deixando profundas marcas,

Muitas vezes doloridas,

Mostrando essas cicatrizes,

Que jamais são esquecidas,

Elas que por vezes sangram,

Mesmo estando adormecidas!

Na verdade...

- É assim mesmo que acontece,

Nos campos da emoção,

Que as pessoas certamente,

Complicam o seu coração,

Encantam-se no que enxergam,

Com os olhos da paixão,

Sem perceber na verdade,

Que amorteceram a razão,

Um ser que sempre se esforça,

Mas respeita nossa ação,

Que mesmo estando desperta,

Não traz-nos incomodação!

E assim...

- Quando vem os sofrimentos,

Fazendo-lhes entristecidos,

Procuram encontrar culpados,

Por todos os acontecidos,

Assim caminham sem rumo,

Por essa vida perdidos,

Vivem igual mariposas,

Pelas lâmpadas envolvidos,

A rodear cada chama,

Numa rota sem sentidos,

Desgastam a tal juventudes,

Enredados e iludidos!

Dessa forma...

- Esquecem lar e famílias,

Não conseguem se safar,

Dessa incrível armadilha,

Que ninguém pensa entrar,

Pomos a culpa no destino,

Que teima em nós molestar,

Nessa trilha sem retorno,

Nas voltas que essa vida dá,

Esquecendo que a verdade,

Ninguém consegue ocultar,

O que pra tantos por aqui,

Torna-se difícil aceitar!

Porque...

- De certo não imaginam,

Que tudo aqui terá fim,

E que de fato cedo ou tarde,

Interromper-se-á o existir,

E as apagadas lembranças,

Uma a uma irão surgir,

As sepultadas na mente,

Voltarão pra nós ferir!

Sentindo...

- Que tais fatos com certeza,

Por tantos anos esquecidos,

Ressurgem ainda mais vivos,

Do que quando acontecidos,

Ao ouvirem a voz silenciada,

Por não querer dar ouvidos,

Falar dessa vez mais alto,

Nas mentes e nos sentidos,

Em um som de ressonâncias,

Como com fones embutidos!

E então...

- Passamos a sentir na alma,

Dores que nunca passaram,

Mostrando enfim para nós,

As tais marcas que ficaram,

Agora toda aquela enganação,

Que procuramos disfarçar,

E que as traiçoeiras paixões,

Não nos deixaram enxergar,

Cegando nosso entendimento,

Vindo a lucidez embaçar,

Abrandando o ser altivo,

Que se desvanece a chorar!

Nessa hora...

- Como uma fiel testemunha,

Irão estar ali presentes,

Onde não valem desculpas,

E nem ser indiferentes,

Não vale se desculpar,

E nem fingir ser inocente,

Todos então seremos réus,

Sem posições aparentes,

Senta-se o banco de jures,

Para nos julgar felizmente!

Cbpoesias.

11/02/2024.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 11/02/2024
Reeditado em 05/04/2024
Código do texto: T7996797
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