Sede na fonte

Quando eu perfurei a parede

Com minha lança tão obtusa,

Num balanço brusco caí da rede.

Amarelo e azul (não deu verde)

Nessa tua mistura tão confusa,

Na fonte desejada matei a sede.

Da parede furada surge o nada,

Da rude lança a flexibilidade,

Na queda a valsa embalada.

Da mistura de cores outras cores,

Da confusão toda instabilidade,

Na sede insistente outros rumores.

E nos teus versos, a neutralidade

Põe em xeque antigos valores.

Majal San
Enviado por Majal San em 28/02/2024
Código do texto: T8008739
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