Andrômeda

Me culpam pela falácia de Cassipeia

Ninfas orgulhosas apontam-me o dedo

Entregam-me ao monstro

A comer-me a virgindade sem peia

A que eu viva em degredo

Pela beleza que, sem culpa, demonstro

Vale-me Perseu

Que rompe a letargia das águas

Encara a inveja das ninfas em mágoas

E salva-me tomando o que é seu

Desposa-me e apossa-se das curvas

Agita as águas turvas

E jorra o sêmen dos Titãs maiores

Nas minhas coxas de tantos ardores

Por direito, por glória

Torna-me a única de sua história

Andrômeda, a tão mais bela, eu.

Angelical
Enviado por Angelical em 13/01/2008
Reeditado em 24/01/2008
Código do texto: T815253
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.