CLAMOR DE UMA ALMA
Dos estratos
pertenço aos menores...
Da madrugada
sou fiel guardião e amante solitário.
Da arte
procurar tirar o alimento que minha alma tanto clama.
Do Universo
sou apenas um ponto de um minúsculo fragmento.
De Deus
sou uma criação?
Tento não definir, nem duvidar...
Da poesia
faço-me um servo feliz que canta as incertezas...
Destas musas inefáveis que estremecem nossos sentimentos;
destas belas magníficas que desnorteiam nossas mentes;
destas deusas formidáveis que despedaçam nossos corações;
sou apenas um neófito, tímido, tipicamente atrapalhado,
que busca ansiosamente encontrar o caminho
que guia a verdadeira felicidade;
que nos leva ao amor...
LUIZ ANTONIO CARDOSO
Taubaté-SP, 1997