Imensidão
nada se configura em congruentes indefinições
minha vida é um lago largo largado logo ali no paraíso
contrariei madonas e capetinhas nas esquinas de andrômeda
milhões de anãs brancas pigarreiam ao passar de cometas encarnados
e posso brincar de deus distribuindo luzes em buracos negros
digo não às segregações secretadas de enfermos paladares
meu delirante individual passeio pelos pulsares me deixou sem ares
impregno-me de odores e sabores em toda a singularidade de mim
complementam-me coleópteros em visões quânticas ensteinianas
nada se empacota em quantas probabilisticamente mágicas
as areias cáusticas de outros desertos se invaginam de poesias solares
todas as notícias comentam e todas as teorias fomentam a vida
embelezam tristezas e determinam caos emergentes de todos os pretéritos
minha postergada aparição matutina materializa-me um primário preterido
em última instância desviando-me de meteoritos incubados além carma
meus sonhos astrais se combinam com todas as matérias
em universos paralelos parafraseando anti-matérias
para eu me encantar com todos as poesias e canções
em expansão derivada no limite da noite eterna
do poeta sonhador de cores e muito mais
uma viagem de ida e volta a todos os espaços
destilados e descortinados desta poesia irreal