No camino do desencontro

Eu que sou tantas vezes eu

Tantas vezes cansado

Tantas vezes chato

Reclamando

Falando

Pensando

Sendo apenas eu

Que deixou de aprender

Que se deixou levar pelo momento

Eternamente pelo mesmo momento

Se deixou por deixar

Por estar

Sentado

Esperando.

Quando quase acabou

Acordado

Chorando

Sempre, e tantas vezes eu.

Quanto desata o nó da garganta

Sem desatar

Jogando fora

Não vê

Não aproveita

Quando se perde, se aperta

Se esvazia e sofre

Pelo amor de se sentir vivo.

Quando o sofrimento se torna alegria

Se torna dúvida

Se afoga num amr de aguás amargas

Prendendo a língua em outras bocas.

Juntando o corpo com o infinito.

E a alma descendo pelo ralo da pia.

Pingando o suaor

Esvaindo o peito

O Coração

o Sangue

Daquelas épocas desaparecidas nas novas vivências!

Despejando palavra atrás de palavras

Numa ordem confusa e inconcisa

Sem rimas nem versos

Mas entendendo a alma

Como arma

Como ar

Sendo o que és

Despejando sua falta num mesmo caminho

E sendo deque falo

E porque calo

Não caio

E subo

E perco o caminho

E não me reconheço sozinho

A sós no escuro

De um mundo preto, branco e azul anil

Sendo tantas vezes eu

Só eu!

Vinicius Garcia Pires
Enviado por Vinicius Garcia Pires em 09/02/2008
Código do texto: T851963
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