INFERNO ASTRAL
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
Que envolvimento é este que ocorre,
Que vai fechando o cerco em nossa vida?
Que nos faz ficar bêbados, sem porre,
Deixando-nos perdidos, sem guarida?
Que energia é esta que intimida,
Nos faz despir de todos nossos véus?
Que fere nossos pés com brasas vivas,
Provoca-nos intensos escarcéus?
Que força é essa dada ao universo,
Que nos calibra, impõe-nos o seu jugo?
Instiga-nos e põe-nos submersos,
Aflige-nos, tornando-se um verdugo?
De tanto procurar me deparei...
Se trata do algoz inferno astral,
São forças indeléveis: uma lei,
Mostrando-nos a força sideral.
É o mês anterior ao que nascemos,
Ficamos circunspectos, carentes,
Sorvemos os nossos próprios venenos,
Sofremos desafios inclementes.
A quem atribuir, senão a Deus,
Tamanho esplendor, sabedoria?
Só Ele cuida bem dos filhos Seus,
Autor de tanta Luz, tanta magia!
Passado o ciclo desse mês cruel,
Entramos outra vez na ascendente.
De novo retomamos rumo ao céu,
Em busca da vitória permanente.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-