Liberdade
Versículos hematófagos insistem em atormentar-me
Canso de dizer-lhes que não... não perderei-me-ei!
Paro em meio à multidão e perco a voz,
Não me entendem e a cegueira os dominou
Minha imagem não reflete mais em sua retina.
Mas percebo que tu não tiras os olhos de mim
E que seus olhos mostram-se marejados por minhas misérias
Não torna-se música em seus ouvidos as minhas lamúrias,
Racionaliza meus prelúdios turvos.
Não se indica o mal a ninguém... não se guia ao abismo,
Não, nem tente entender criaturas abespinhadas.
O desvaneio sepulcral traz nossa realidade
A Liberdade, não, ela não nos compete.