PAIDEIA!
PAIDEIA!
Tive uma idéia, Eureka!
Sonhei que era a época.
Aonde os homens sonhavam.
Na mítica cidade da Grécia.
Naquele lugar tão clássico.
De inteligência pura e tão crítica.
De regras e leis tão humanas.
Livre de lendas insanas.
Não era um herói ideal.
Cidadão do bem contra o mal
Carregava o destino na mão.
Bem pacato e de bom coração.
O meu sonho no século V.
Já transfere o futuro pra trás.
Onde a linda criança almeja.
A cultura que educa e sofeja.
E por esse conceito global.
Não se explica essa rara idéia.
O sentido tão amplo, panacéia!
Interpõe o traçado da idéia.
O grego Platão e discípulo.
Tendo Sócrates seu pai professor.
Como o sol ilumina a caverna.
Como Glauco fiel ouvidor.
Paidéia, Paidagogos e gregos.
Despertara-me ao amanhecer.
Torno a época de homens tão fúteis.
De ações tão mesquinhas, inúteis.
Quero ter essa Grécia comigo.
E fazer do amor meu abrigo.
Ofereço singela poesia.
Aos meus filhos, meus netos e amigos.