Canção da Crisálida II

Estou eu

Casulo feio adormecido?

Maturando,

Esperando a mágica metamorfose

Para um novo amanhecer

Ao longe, pareço caramujo

Enclausurado no seu ninho

Na expectativa de reviver.

Estou eu

Pequena concha hermética?

Rompendo vagarosamente o silêncio,

Aguardando um novo tempo

Desprendendo-me da prisão, da insipidez

Para habitar um planeta mais benévolo

Ser sal, ser fonte de luz, ser nitidez.

Roseli
Enviado por Roseli em 02/05/2008
Código do texto: T971423