Canção da Crisálida II
Estou eu
Casulo feio adormecido?
Maturando,
Esperando a mágica metamorfose
Para um novo amanhecer
Ao longe, pareço caramujo
Enclausurado no seu ninho
Na expectativa de reviver.
Estou eu
Pequena concha hermética?
Rompendo vagarosamente o silêncio,
Aguardando um novo tempo
Desprendendo-me da prisão, da insipidez
Para habitar um planeta mais benévolo
Ser sal, ser fonte de luz, ser nitidez.