Seguronda

Mete o pé

não pelas mãos

escancara as portas

mergulha na confusão

dando de louco

sem tapa no ombro

separa na benção

todo este povo

sem conto

nem fada

rasteira e armada

meia lua tijolada

na moleira da negada

sem respeito pela feira

esta alegre ebulição

levo porrada de graça

pechinchando a refeição

sem suportar injustiça

o capoeira deu o tom

telefone no comédia

que começou a zuação

meia lua de compasso

que é pra por dente no chão

compra a briga e pede troco

sem nenhuma embromação

pois a lição

vida vivida

não se leva com cifrão.

Marco Cardoso
Enviado por Marco Cardoso em 06/07/2010
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