Meus Amorosos Poetrix II

melancolia

à beira do rio

sou pássaro que canta

em lugares sombrios

sofrimento

só fico triste

quando ouço

o teu silêncio

paixão

quero a tua cor

teu hálito...

e o teu amor

à distância

chega-me na tarde fria

uma saudade de poesia

de quem já me fez poeta

o despertar poético

hoje o dia clareou

nos meus olhos o amor

que já era luz nos teu

sem fantasia

fui palhaço

até ontem...

hoje descanso

contratempo

no caminho

pedras...

repetidas

precipício

não era medo da morte

por sorte...

um espanto

diagnóstico

profunda é a dor

oriunda da alma...

e dizem que é AMOR

acalanto

o silêncio de meu canto

sem versos, meu pranto

adormece na sombra da noite

imprudência

de repente, beijo

por um vago desejo...

cometi pecado

manhã de sol

o sol brilha

no meu Recife...

desfaz o que é triste

fidelidade

será eterno

o meu amor

no teu limite

razão de ser

enquanto és lua

eu sou o sol

reinventando a vida

à musa poetisa

onde tu andas

já que não me mandas

nem sequer um verso!?...

a sabiá

chega na minha janela

com seu canto de bossa...

e ainda me traz saudade dela!

lua

(saudosismo)

vem ela surgindo

trazendo o meu sonho...

de menino

sonho de poesia

se hoje é teu dia poeta

não fiques triste nos versos...

o teu sonho ainda é azul!

sedutora

... e os teus lábios

têm a cor do pecado

em noite de sábado

felicidade

( à minha estrela Vanilda)

acordei-me de manhã

com teu cheiro de maçã

e a alegria dos pássaros

navegar é preciso

do Capibaribe

aos encantos do Tejo...

em sonho velejo

arco-íris

(para meus netinhos Júlia e Tiago)

bem que podia

ser uma ponte

para minha alegria!...

verdade sabida

algo me diz:

não és estrela feliz

longe de mim!...

um gesto poético

de ti um sorriso

o resto

encontro no paraíso.

peregrinação poética

caminho lento...

à noite em silêncio invento

poemas sem nexos

inspiração

palavras medidas

colhidas na forma exata

metáforas, enfim o poema

desejo

busco na noite escura

a lua que ontem cobriu

tua alma em estado de cio!

divinamente

não foi por acaso

aconteceu: nós dois

... coisa de Deus!

paixão silenciosa

eu que não te vejo

no entanto suspiro...

quando leio os teus versos.

só tinha que ser com você

da maneira que for

quero contigo viver e morrer

todo dia de AMOR

enfim nós

o meu destino

em tuas mãos...

definitivamente

descontentamento

ontem te amei

como a lua e o mar

hoje talvez...

fonte sublime

nos teus gestos

além de mil encantos

encontro meus versos

mulher-poesia

gostosa assim

do jeito que Deus

criou para mim!...

entardecer do sertão

o sol desliza

pelas montanhas cinzentas

e a acauã canta

loucura poética

p´ra gazear o tempo

às vezes penso...

e acabo escrevendo poesia!

um pássaro-poeta

sempre refaço os versos

quando o vôo é curto

e não alcanço o universo.

violência

a noite cai

nem assim o mundo

adormece em paz

pinceladas

borboletas amarelas

na tela

voam no meu sonho azul

triste sina

na gaiola

o pássaro não canta...

chora!

a poesia de Manoel de Barros

são estórias sonhadas

em versos...

colorindo a vida!

palhaço

(para meus netos: Julinha e Tiaguinho)

um alguém feliz:

dança, canta, pinta o mundo...

e ainda faz trampolim!

Antonio Carlos Menezes
Enviado por Antonio Carlos Menezes em 17/04/2007
Reeditado em 03/05/2007
Código do texto: T453265