7 «POETRIX» DE AMOR

CHAMA

promete-me que não dormes

se eu te entregar o meu corpo

e me usares como cama

(04.11.04)

SABES

vesti-te de palavras

com o perfume da poesia

só para te despir na leitura

(3.11.04)

NA ÁGUA

eras o peixe encantando

as algas dispersas e verdes

como se penteasses os cabelos

(1.11.04)

MEU AMOR

Apanha-me uma nuvem

para esconder-te nela

Só eu posso ver-te à janela

(21.09.04)

LUA DE MEL

A tocha foi acesa

para emolar-me o coração

O teu corpo era a lenha na fogueira

(18.09.04)

CUIDADO

Haverá nos teus lábios

o sangue quente

para me queimar a língua

(17.09.04)

DESPEDIDA

amava-te ainda as favas

não eram doces como chocolate

e tinha-as já contadas

(2/11/04)

José António Gonçalves

(inéditos)

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Enviado por JAG em 05/11/2005
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