SOZINHA

Eu ando sozinha

Durmo com sonhos desesperados

Sento-me na escuridão absoluta

Na multidão dos meus pensamentos

Mas ainda permaneço sozinha

Sorrio em paz transitória

Grito além dos decibéis

Mas choro em silêncio

Assisto o mundo doente

Enquanto tento me curar

Na alma que trago dentro

Sozinha

Ando sob um céu cheio de estrelas

Pintadas nas paredes do meu quarto

Mas o meu universo é deserto

Ainda que eu escreva mil linhas

Em versos volúveis de alegria e dor

Ausentes de vida e também de amor

Sempre estarei sozinha

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 23/08/2020
Código do texto: T7044444
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