SOZINHA
Eu ando sozinha
Durmo com sonhos desesperados
Sento-me na escuridão absoluta
Na multidão dos meus pensamentos
Mas ainda permaneço sozinha
Sorrio em paz transitória
Grito além dos decibéis
Mas choro em silêncio
Assisto o mundo doente
Enquanto tento me curar
Na alma que trago dentro
Sozinha
Ando sob um céu cheio de estrelas
Pintadas nas paredes do meu quarto
Mas o meu universo é deserto
Ainda que eu escreva mil linhas
Em versos volúveis de alegria e dor
Ausentes de vida e também de amor
Sempre estarei sozinha