Amor  de  verão


Meu  amor  é:
mistura  de  bolo e  tolo,
gotas de chá de limão.
Água  que  jorra
sem  tocar  o  chão,
sede  que  morre
sem  ser  morta e
chuva  que  mata
a  fome  do  sertão.
Rendimento  na  fonte
sem  imposto  retido,
enganador  e  falso
sem  ser  fingido.

Mas,
sem  pedir  licença
ele  sobe  e  suga
meu sensual  pescoço,
lê as minhas fraquezas
me  devora, ri  e  chora,
esvazia  meu  bolso e,
deixa aos  cães o osso.
Deita no colo da  vida e
tonto, dorme  e  sonha
o jogo febril das paixões.

Como furtivo e sonso chegou
furtivo  e  faceiro  vai
recolhendo profanas aventuras
até  o  próximo  verão,
quando  em larvas de vulcão
o  estarei  aguardando
pelo indulto do  coração.
jray
Enviado por jray em 02/06/2008
Reeditado em 10/06/2008
Código do texto: T1016939