SEGREDOS DE AMOR – ENTRELINHAS NA BANDEIRA DOIS
Como num sonho em compota, vem-me o esplendor
Disfarçado de sapo em mês de estiagem, sangra pelos dentes
Amedronta com seu olhar de berinjela
Muitas vezes pude contar com ela (SIC)
Mas, na proa do sápido amor, andorinhas silvam
E fazem rufar anedota branqueadora do peito
Ó recôndito leito!
A face mais escura face à fase mais impura
Descerra-me uma matriz acolchoada - remelas nos ombros
De tanto penar; porquanto, pesar
Instante mágico, borboletear
Como se eu fosse calda como noz banhada na cal (e a vida rasa)
A olhar, de mansinho, a dona enxada – com seu resquício amanteigado no chapéu.
Sempre foi dessa forma que o vi, ó amor
Atmosfera estanque, na qual ousam mariposas e renitências
As quais urgem com o tempo – ladram onde não haja vento
Os sais que fujam!
Não haverei de locar rosto meu às indulgências terrenas
Apenas, abluir-me-ei de todo o resto
E em reclame de incesto, lançarei meu protesto
Mudo, podre, cego, roto e cheirando a verruga
Pois, ao senti-la, saberei que aquilo é vida
Que há hierarquia sórdida e devassa em forma de coração
Que, na mão, cabe como uma chuva... de prata
Mais forte que o mel a prender na mofatra
Como pontes de requeijão a me manter ereto.