A volta

Volto, como quem volta da guerra, com a farda manchada de sangue

e a pele ressecada pela saudade ...

Volto, como quem volta menino, depois de ter deixado seu “homem tanque” em uma trincheira qualquer ...

Volto, olhando para o céu, e sendo guiado pelas estrelas ...

Trazendo em meu corpo, bem protegido e conservado, o cheiro da mulher amada que aqui deixei ...

E volto, com o mesmo olhar que parti, e para o mesmo lugar ...

De onde nunca sai ...