Onde está você, meu amor?

Estaria no passado?

Deixei passar sem o perceber, por isso sinto sua falta?

Você é, talvez, aquele que me toca?

Ou seria o amor de meu filho o amor de minha vida?

Confinado nas paredes de meus sonhos, um alvo inatingível...

ainda por vir?

Ou estaria além-fronteira? Além-mar? Além-tumulo?

Em outras dimensões?

Por que sinto sua presença, embora não o veja?

Por que ouço o seu suspiro, embora não o abrace?

Por que seu olhar me persegue nas esquinas em que ando,

E me perco, sem rumo, desorientada, sob a sua sedução?

Nem sequer sei seu nome, mas sei que você é, você está.

Tampouco sei seu endereço, mas sei que você mora em algum lugar.

E eu sinto o seu amor a me queimar e me pergunto,

Quando o verei de novo e pela primeira vez, então?