ÁGUIA FERIDA

Majestosa a águia levanta o vôo.

Penas caídas, feridas abertas...

A águia segue...

Titubeando entre nuvens grises,

Na lembrança, momentos felizes.

Sangrando, seu peito enrijece.

Asas inertes cravadas de espinhos

- Torturas após carinhos!

Sem saber o seu destino,

Perde-se em dunas de areias salgadas

Geadas cobrem suas asas infractas

Pobre águia! Teve sua liberdade malograda...

Seu vôo limita-se ao sonho de voltar a voar!

Ivone Alves, SOL