O Ninho

Fui olhar o ninho do rebento, na aroeira... Ventou muito, ontem... Não fui vê-lo.
Depois, chuva fina... Hoje, Não tive tempo...

O vento soprou tão forte, que o ninho saiu do prumo... Rolou galhos abaixo e prendeu-se, de lado, num galho mais fino...

Não há mais o pássaro no ninho, nem sinal das casquinhas em flor... O casal já não olha o rebento...

Acredito, nas mãos do destino... Peço aos céus que ele tenha voado... Foi o vento que derrubou o ninho... Mas, foi o meu tempo que o deixou descuidado...

Saí triste... O vento soprando... Os pensamentos eu levava, no chão, como folhas secas varridas...

Num repente, em meu ombro, um pousar... Pedi para alguém fotografar...
Caminhava de leve, em meu braço... Acontece, às vezes comigo... Elas pousam... É quase feitiço...

Não vi mais o rebento, mas a borboleta foi trazida pelo vento.




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