“Me aguarde!”

Como lidar com as passionalidades?

Como engolir a falta de abrangência?

A injustiça provocada pelas paixões?

Pelos conceitos prévios de fundamentos rasos...

...E não sair em defesa da antagônica verdade

...E não desprezar a relatividade

que seja em função de pontos de vistas distorcidos,

por influencias toscas e manipulações de “autores desconhecidos”?

Como ficar quieto diante de descalabros inconseqüentes?

Não tendo voz!

Não sendo ouvido!

Sendo insignificante diante das verdades aparentes!

Reconhecendo ser impossível ir contra a onda

Resguardando a dignidade estagnada, ignorada, desprezada

Acumulando-a num tanque expansível ilimitadamente

Na amarga demora

Na espera que lhe chegue a vez

Na angustiosa contensão das implosões internas

...E quando o dia chegar...

Quando estiver na hora

Naquele minutinho...

Onde tudo que antes lhes prendera, lhe segurara, lhe amordaçara

Preparar a garganta

Inflar o peito

Descarregar a energia contida no fundo da alma

Escurecer a vista, fechar os olhos

Abrir bem a boca e gritar: Gol!