ADEUS VERÃO

No final do verão,

o bronze das tardes quentes,

sob o vento gelado do sul,

vai-se no arrastão dos alagamares,

absorvendo a maresia da manhã.

A garota do sorriso de sol,

o surfista do corpo branco de sal,

o outono da seu ar no sueste bravio,

o final do verão tem cheiro de adeus,

sinal de solidão,

na imensidão vadia da praia,

gritinhos infantis na memória,

burburinhos que ficaram dos dias de alegria.

Como as caravanas que partem,

nas suas longas jornadas no deserto,

os quentes dias ibernam sob as folhas mortas,

para resuscitarem nos dias cheios de luz,

de outro verão, para colorir novamente,

de bronze e alegria nossas vidas!