Madrugada...



Quem me dera saber nas madrugadas perdidas
dos pensamentos que viajam sem nunca parar pra descanso.
Sou irmã da lua, na busca que antecede as vibrações do sol.
Tenho uma coleção de questões que parecem nunca encontrar respostas óbvias,  mas casualmente são mostradas em nuvens de palavras que assombram meus fantasmas...
Fico tentando pescar entendimento num poema sem voz,
que insiste em navegar minha alma, levando meus sonhos tão distante.
Vejo teu sorriso no espelho da água que corre dos meus olhos... e sinto um calafrio medonho...quase que mortal !
A madrugada não é feita de canções, nem de cores...Seria de paz e de calma, se houvesse calma...
Mas a tempestade de anseios não permite que o alento se aproxime
e as águas que escorrem sem destino, arrancam de mim as flores
antes mesmo que eu termine de as plantar...

Vou esperar outro sol, ver chegar uma nova lua 
para saber esperançar numa nova madrugada...