SER-SE HÁ

Se nada foi criado, a quem se deve o louvor da não criação?

Como se as letras fossem capazes de medir a não criação.

Não se diz o indizível.

O que não se vê não se tem.

O indizível não está aquém.

As palavras nem sempre significam, mas abrem o entendimento e só por elas as coisas tornam-se significantes.

O que há é o que é, é o que quer dizer?

O idioma de Deus fala da Sua expressão dentro do infinito, mais além É.

Dentro dos caminhos tortuosos do homem as torturas e as rachaduras, as belezuras e as fissuras até que todos se transformem em coisas puras, não cortadas rentes, mas um Ser-se há.

Esta não é a resposta para os deuses, nem para um ser que surge, porque seres sempre surgirão, divindades existem e Deus é.

WALTERBRIOS / 19 de junho de 2008

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 10/07/2008
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T1074216
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